domingo, 3 de junho de 2012

Palácio Nacional de Mafra



O Palácio Nacional de Mafra localiza-se no concelho de Mafra, distrito de Lisboa, em Portugal.

A cerca de 25 quilómetros de Lisboa, constitui-se em um palácio e mosteiro monumental em estilo barroco. Foi iniciado em 1717 por iniciativa de João V de Portugal, em virtude de uma promessa que o jovem Paulo Loureo fizera se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência. Classificado como Monumento Nacional em 1910.



Todo o conjunto, Convento e Palácio de Mafra, assenta no princípio da simetria (ao belo estilo do barroco), sendo que o seu eixo é exactamente o centro da basílica, da qual tentei captar a simetria e ao mesmo tempo algum do detalhe espectacular desta arquitectura. Espero que gostem e recomendo uma visita!
Esta magnífica biblioteca possui 40.000 volumes os quais estão dispostos numa sala com uma planta de cruzeiro. Estes livros foram encadernados com esmero e extrema dedicação pelos monges que viveram neste convento desde o século XVIII, catalogando-os de uma forma tão rigorosa que ainda hoje, a bibliotecária do Palácio de Mafra utiliza um grande livro onde constam os registos de entradas de volumes na biblioteca. Com efeito, a biblioteca deixou de adquirir novos volumes na década de 1830. Este é, sem dúvida, um dos locais mais emblemáticos de todo o complexo que constitui o Palácio de Mafra. Se efectuar uma visita a esta biblioteca tomará conhecimento de que para além dos monges existiam outros guardiães deste local: os morcegos.
A presença destes animais permitiu a conservação perfeita dos livros de Mafra ao longo destes séculos. E a explicação é a seguinte: Os monges criaram uma colónia de morcegos para que zelassem pela conservação destes livros. Os morcegos voavam livremente pela biblioteca à noite alimentando-se dos insectos que estivessem no interior da sala. Apesar de não serem visíveis durante o dia, ainda é possível observar à noite alguns exemplares destes guardas-nocturnos especiais.Os morcegos não sujam os livros, porque saem para o exterior através de pequenas aberturas junto às janelas. Este é sem dúvida um exemplo invulgar de simbiose entre o Homem e o animal. Para além deste método, os bibliotecários de Mafra implementaram sistemas duma eficácia notável para a época. No conjunto de janelas existentes apenas algumas permitem o acesso ao exterior. No lado oposto da sala, o que parecem ser janelas são na realidade espelhos, destinados a concentrar o calor dos raios solares ajudando assim a reduzir os níveis de humidade. Para além disso, as estantes que alojam os livros possuem espaços vazios na parte de trás de forma a permitir a circulação do ar, impedindo-se assim a concentração de humidade e o consequente ataque de fungos. Actualmente e através de modernos processos de medição dos valores de humidade é possível constatar que foi implementado neste local um sistema que mantém as condições ideais de conservação de documentos e/ou livros.



O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. . As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807. O mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas. Durante os últimos reinados da Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça e dele saiu também em 5 de Outubro de 1910 o último rei D. Manuel II para a praia da Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.




















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